Modelagens visuais sobre o câncer de pulmão:

A célula, unidade básica de um ser vivo, é composta por diversas organelas citoplasmáticas. A seguir, você pode conferir a estrutura celular e a função de suas principais organelas:



Textos informativos das modelagens
→ Mitocôndria: Realiza a respiração celular aeróbia, produzindo grande parte da energia utilizada em atividades vitais.
→ Complexo de Golgi: Essa organela realiza a modificação, o armazenamento e a exportação de substâncias sintetizadas no retículo endoplasmático.
→ Retículo Endoplasmático Rugoso: Possui ribossomos aderidos em sua estrutura e realiza a síntese de proteínas, auxiliando no processo de transporte das mesmas. Além disso, esta organela também atua na desintoxicação do corpo humano.
→ Retículo Endoplasmático Liso: Realiza a síntese de lipídeos para a construção das membranas celulares.
→ Lisossomos: São estruturas arredondadas responsáveis pela digestão intracelular de moléculas orgânicas, tais como os ácidos nucleicos (DNA e RNA).
→ Ribossomos: São caracterizados por duas subunidades arredondadas de tamanhos diferentes dispostas uma sobre a outra. Essas estruturas são, basicamente, compostas por proteína e ácido ribonucleico ribossômico (RNAr). São as organelas responsáveis pela síntese de proteínas.
→ Peroxissomos: Organelas membranosas e de contorno arredondado. Têm como função principal a oxidação na presença de oxigênio, geralmente, de ácidos graxos, reação que produz peróxido de hidrogênio, o qual é quebrado pela catalase no interior da organela, resultando em água e oxigênio.
→ Membrana Plasmática: Essa estrutura tem por objetivo controlar as substâncias que entram e saem da célula.
→ Citoplasma: Em uma célula eucarionte, é composto por citosol (combinação de água, íons e substâncias para a síntese de moléculas orgânicas) e corresponde ao local onde estão dispostas as organelas.
→ Centríolos: São estruturas localizadas próximas ao núcleo, dispostas em pares, responsáveis por auxiliar na divisão celular, na produção de cílios e flagelos (para células que precisam destas estruturas) e por compor o citoesqueleto.
→ Núcleo: É a estrutura responsável por armazenar o material genético (DNA) e por determinar as funções da célula, sendo exclusivo de células eucariontes. Ele é delimitado pela carioteca, membrana dupla cheia de poros que controla a comunicação entre o núcleo e o citoplasma. Dentro do núcleo é possível encontrar o nucleoplasma, líquido no qual a cromatina está mergulhada. Cromatina nada mais é do que um filamento de DNA enrolado em proteínas (histonas). A cromatina possui duas subdivisões que determinam a atividade de um gene, a heterocromatina corresponde a região do DNA em que os filamentos de cromatina encontram-se enrolados, o que torna o gene inativo, já a eucromatina apresenta os filamentos desenrolados, apresentando alta superfície de contato com enzimas, permitindo a síntese proteica e tornando o gene ativo.
O material genético está armazenado no núcleo celular, mas qual a sua função e importância? Esses conceitos serão apresentados na cena abaixo.


Textos informativos das modelagens
→ O DNA (ácido desoxirribonucleico) é uma macromolécula formada por nucleotídeos (formados pelo fosfato, açúcar e base nitrogenada), presente no núcleo das células do nosso corpo. Ele é responsável por armazenar as informações genéticas de uma pessoa, distribuindo instruções para que todas as funções do corpo sejam executadas.
→ As informações do DNA transformam-se em características observáveis (fenótipo) através de um processo denominado dogma da biologia molecular. Durante a divisão celular, o DNA faz uma cópia de seus genes para passar à sua “célula-filha”, o material genético permanece no núcleo celular exceto quando acontece a mitose, a fim de evitar erros de reprodução do DNA. A informação do gene, após ser complementada pelo RNA (ácido ribonucleico) mensageiro durante a transcrição é, então, exportada para o citoplasma através do RNA transportador, que utiliza as informações do gene para transformá-las em proteína, a qual tem a responsabilidade de executar as funções da célula.
→ Apesar de o material genético ser o mesmo em todas as células, apenas uma parte dele é transcrita em RNA, assim, é possível diferenciar as células de todo o corpo. Esse processo é explicado pelo domínio da epigenética.
→ O DNA é formado por duas hélices compostas por nucleotídeos, os quais possuem uma pentose (desoxirribose), um fosfato e uma base nitrogenada.
→ As bases nitrogenadas (compostos químicos) presentes no DNA são: Adenina (A), Guanina (G), Citosina (C) e Timina (T), sendo esta última, exclusiva dessa molécula. Existe uma base em cada nucleotídeo, que unem-se à base da outra hélice do DNA, através de pontes de hidrogênio.
→ A adenina une-se somente à timina e a citosina une-se somente à guanina.
Como você já analisou a estrutura do DNA, agora já está apto para compreender outros conceitos científicos relacionados a essa estrutura.


Textos informativos das modelagens
→ Os cromossomos são filamentos de cromatinas condensados para a realização da divisão celular. O DNA, localizado no núcleo celular, é constituído por 23 pares de cromossomos em cada célula, totalizando 46 cromossomos.
→ Os telômeros são estruturas localizadas nas extremidades dos cromossomos e que possuem sequências específicas de nucleotídeos. Eles encurtam a cada divisão celular até deixar de existir, atingindo o Limite de Hayflick, onde a célula para de sofrer mitose e morre.
→ O gene é uma região do DNA responsável por criar um produto funcional (RNA ou proteína). O ser humano possui cerca de 25 mil genes em seu genoma, conjunto de todos os genes presentes em uma célula.
Depois de compreender os conceitos anteriores relacionados ao material genético do corpo humano, iremos estudar o porquê do câncer ser uma doença genética.


Textos informativos das modelagens
→ Os seres humanos apresentam, basicamente, 99,5% do mesmo DNA, onde os 0,5% restantes correspondem às variações, que são, na maioria das vezes, benignas e explicam a individualidade do ser humano.
→ As mutações são as variações na célula, classificadas em benéficas, neutras e prejudiciais. As mutações prejudiciais aumentam as chances de desenvolver doenças, como o câncer. O conjunto de mutações no genoma de uma célula corresponde à primeira parte do desenvolvimento de um tumor.
→ As mutações podem ser ativadoras, expressando os genes de forma errada, em baixa concentração ou em nova função, assim como podem ser inativadoras, reduzindo a função dos genes.
→ As variações podem surgir de duas maneiras, através de mutação somática, a mudança que acontece em células somáticas (todas as células do corpo, exceto óvulo e espermatozóide) e são contraídas por fatores ambientais, ou através de mutação germinativa, a variação que ocorre em células germinativas (óvulo e espermatozóide) e é hereditária.
→ Existem dois genes relacionados ao câncer. O oncogene, que é o gene responsável por promover o câncer, e o gene supressor de tumor, que tem como objetivo proteger contra a doença. Uma célula cancerosa apresenta muitos oncogenes e poucos genes supressores de tumor. Como os seres humanos são diplóides e possuem duas cópias de cada gene (um materno e um paterno), as duas cópias precisam ser afetadas para que o gene seja indutor de câncer.
→ O cigarro causa danos químicos às células do pulmão, ou seja, as células somáticas. O que, consequentemente, afeta o DNA dessas estruturas e aumenta o risco de desenvolver mutações na unidade celular, aumentando o risco de desenvolver a doença.
Após compreender conceitos sobre a célula e sobre o material genético, chegou a hora de entender como as células se comportam em um tecido. É importante mencionar que a modelagem abaixo é ilustrativa, ou seja, ela não demonstra que o pulmão é formado por somente um tecido e que ele é exatamente como está na cena.




Textos informativos das modelagens
→ Tecido - A nomeação de cada tumor dependerá do tecido em que ele é formado. Existem 4 tipos principais: Carcinoma, formado no tecido epitelial (dentre eles, adenocarcinoma, formado em glândulas ou órgãos e carcinoma de células escamosas, formado no epitélio escamoso dos órgãos); Sarcoma, formado no tecido conjuntivo; Leucemia, câncer no sangue originado na medula óssea; Linfoma, formado no sistema linfático.
→ Tecido 1 - No tecido, antes do início da formação de um tumor, as células estão normais, sem alteração em seu genoma, com tamanhos e formas semelhantes.
→ Hiperplasia - Tecido 2 - O primeiro passo para o desenvolvimento do câncer é a hiperplasia, onde, devido às mutações, as células multiplicam-se mais rápido, aumentando a quantidade de células no tecido, além de começarem a apresentar anomalias em seu formato.
→ Displasia Leve - Tecido 2 - Nesta cena é possível observar a displasia leve, momento no qual as células assumiram, oficialmente, um formato e tamanho desproporcionais, além de estarem agrupadas.
→ Carcinoma in situ - Tecido 4 Quando as células encontram-se anormais, com tamanhos e formatos diferentes, elas começam a multiplicar-se incontrolavelmente, dando início a fase de carcinoma em situ ou câncer primário.
Carcinoma - Tecido 5 - A doença é denominada carcinoma quando o tumor está em processo de metástase, invadindo tecidos vizinhos. Em relação à neoplasia pulmonar, o adenocarcinoma é o tipo mais comum.